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As inquietas irmãs Zaidan

Ronaldo Guimarães

As irmãs Sumaia, Samira e Amira no lançamento do livro INQUIETAS, em 9/4/22 no Espaço do Conhecimento da UFMG, em Belo Horizonte.

Quando três irmãs, de origem libanesa, resolvem

enfileirar palavras para nos emocionar, haja emoção!


Houve emoção!


Colocaram uma palavrinha na frente da outra, sem

beletrismo e sem arrogância de escritores que só escrevem

para seus pares. Ainda bem.


Escrever simples é uma arte complexa. E prender o leitor é outra. Daquelas escritoras que nos puxam pelo braço ou pela gola, nos seduzem desde o primeiro texto e a gente só larga o livro no colofão.


Texto límpido, bem feito; bom como pão quente saído na hora; bom como quibe cru e grão de bico. Doce texto: bom como doce baklawa. Livro para degustar.


Deliciosamente.


Sem pretensão de academicismo, de repente, textos com peso, piso e asas. Mais asas do que piso. Sem pretensão de serem autoras, de repente, escritoras. Isso que dá serem despretensiosas. Quem manda?


"Inquietas" é um livro inquietante. Ah, essas meninas inquietas; ah, essas meninas atrevidas... Vêm sorrateiramente, como sem querer nada e, no primeiro livro, conseguem quebrar lirismo com humor. Tarefa difícil.


Crônica é um gênero bem brasileiro, datado no cotidiano. Leve. E talento para sustentar essa leveza. Amira, Samira e Sumaia sustentaram. E com galhardia.


Passeiam pelas páginas afugentando tristezas e buscando alegrias. Muitas vezes a tristeza esbarra e nem pede licença. Resgate da história da família Zaidan. Saga

de uma família.


Prazeres, desprazeres, encontros, desencontros... O passado, presente. Literatura é bem isso. Memória afetiva.


E que assim seja.

____________

Ronaldo Guimarães é escritor.

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