Por Tonho Biondi
Hoje vivenciamos a difícil passagem do amado Washington Novaes, grande amigo e jornalista. Meus muitos sentimentos à esposa, Virgínia, aos filhos, Marcelo, Gui, Pedro, João e suas companheiras, aos netos.
Washington certamente é uma das pessoas mais sábias e generosas que conheci. 💚 Muito amigo da nossa família, padrinho da minha irmã. Uma alma incrível.
Ele e a família tinham uma chácara pertinho do rio Araguaia. Passamos algumas férias inesquecíveis - tão ricas quanto divertidas - lá com eles, na saudosa Baliza. Ali, onde o Pedra Branca e o Perdizes se encontravam para desaguar nos mistérios do Araguaia.
Enfim, foram 86 anos lindos e fundamentais para a vida, para o meio ambiente, para os povos indígenas. Uma referência para todos que se preocupavam com o planeta e com o outro. Fez muita diferença para o mundo!
Quando meu pai se foi, Washington, grande amigo, escreveu que recebeu naquela ocasião a visita de um beija-flor em seu escritório, na chácara em Goiânia. E que, dizia ele, tinha certeza que era o Biondi. Aquela homenagem singela me marcou e tranquilizou profundamente.
Hoje, tenho certeza que o Pedra Branca e o Perdizes se juntam, mais lindos e fortes do que nunca, para desaguar no Araguaia e promover o reencontro do Biondi, do Washington (e da Lia, Rodrigo!) na terceira margem do rio. Nos redemoinhos e mistérios que a vida não explica. Apenas se sente.
Termino essa breve homenagem convidando os amigos a lerem a entrevista que fizemos em 2004 com o Washington (eu, Rodrigo Savazoni e Aloisio Milani), em que ele fala sobre seu trabalho e trajetória, sempre tendo como fio da narrativa a relação dele e do Aloysio.
Era a pauta central que exploramos na época, para o projeto de memória do Biondão, mas a história vai muito, muito além disso.
Beijo com muito amor e saudades, amigo Washington! Obrigado por tudo!
* Com este texto de Tonho Biondi, publicado originalmente em seu perfil do Facebook, a Terra Redonda Editora se soma às homenagens dos amigos e amigas ao mestre Washington Novaes.