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Lançados os "Ensaios da Quarentena - Pandemia: sonhos e ações"

O livro "Ensaios da Quarentena - Pandemia: sonhos e ações", organizado pelo educador Cristiano Di Giorgi, está à venda na Terra Redonda Editora. Leia a seguir trechos do prefácio de Laurindo Lalo Leal Filho e descubra porque este é um livro oportuno, instigante e excelente para quem quer refletir sobre onde estamos e para onde vamos.


Fomos pegos de surpresa. A quase totalidade dos nossos contemporâneos jamais imaginou viver um tempo como este.


De repente, numa virada de ano, a humanidade, dispersa e fragmentada por inúmeras diferenças unificou-se no medo, diante de um inimigo comum, invisível a olho nu. Não de todo igual em suas consequências, obviamente. Privilégios de classe diferenciam os graus de risco, mas não a sua universalidade.


O vírus surge num momento histórico peculiar, quando a aproximação física dos povos, graças aos avanços científicos e tecnológicos, alcançava um nível jamais visto. Situação que conduzia a uma bifurcação inédita: aprofundar esse processo, integrando povos e nações através de organismos multilaterais e de blocos de países com interesses comuns, cada vez mais fortes ou regredir à fragmentação selvagem?


A pandemia escancarou o dilema. Seu enfrentamento expôs de um lado a importância da solidariedade, calcada na ciência e em formas concretas de cooperação e, de outro, o negacionismo oportunista, acelerador da segregação e do individualismo levado às últimas consequências.


É nesse quadro que surgem, em boa hora, estes “Ensaios da Quarentena – Pandemia: sonhos e ações”, reunindo em pleno turbilhão da Covid-19, sensações e reflexões elaboradas a partir de uma necessidade quase de sobrevivência afetiva e intelectual.

Ainda que as reflexões teóricas apresentadas sejam importantes, transitando pela Educação, Economia, Psicologia, Literatura, entre outras áreas do conhecimento institucionalizado, o sentimento comum ofertado por essas leituras é o da solidariedade, presente ao longo dos textos. Sentimento que se mostra pungente em relatos pessoais, análises políticas, reflexões teóricas.


Estes textos nos pegam pela emoção, tratam das angústias e das esperanças que nos acompanham a cada dia. Fazem com que, embora prudentemente isolados, nos sintamos juntos, capazes de enfrentar o vírus, a ignorância e as mazelas sociais com a força da solidariedade.


Laurindo Lalo Leal Filho

(Jornalista, sociólogo, professor e prefaciador deste livro)

Os autores e seus ensaios


1. Maria Rita Assy, psicóloga e professora, nascida na capital paulista e radicada há várias décadas em uma cidade do norte da Bahia, Juazeiro, apresenta, em texto denso e poético, reflexões e memórias tecidas no convívio com o lugar em que vive.


2. Andréia Nunes Militão e Fabio Perboni propõem-se a discutir como o direito à educação vem sendo tratado no Brasil no contexto da Covid-19. Abordam tópicos essenciais do direito à educação do ponto de vista legal e ético e mostram a ação dos governos frente à pandemia. Ao final, refletem sobre quais seriam respostas mais justas e humanas para a difícil questão colocada.


3. Maria Malta Campos relembra alguns momentos históricos vividos na Califórnia dos anos 1960/70, em que pensadores/militantes como Marcuse e Angela Davis discutiam temas que nos afligem novamente hoje. Por esse caminho, ela nos convida a uma postura mais proativa na situação em que vivemos, e a não ter tolerância com os intolerantes.


4. Cristiano Di Giorgi e Bruno Teremussi Neto discutem, no contexto desenhado pela pandemia e a partir do prisma das expressões de Pepe Mujica e Papa Francisco e de outros pensadores e atores sociais e políticos da contemporaneidade, o esgotamento do modo de viver imposto pelo neoliberalismo a necessidade de revermos a civilização.


5. Renata Maria Coimbra e Marcos Vinicius Francisco refletem sobre os impactos da pandemia na vida escolar de crianças e jovens no Brasil, sob as perspectivas da Educação e da Psicologia. Para tal, lançam mão ao mesmo tempo de um sólido embasamento teórico, fundamentado sobretudo em Agnes Heller, e de um relato de experiência em que a empatia foi essencial e de seus desdobramentos, para pensar as possibilidades da Educação, na situação atual, ser espaço de construção de relações mais humanizadoras.


6. Alejandra Astrid León Cedeño traz o emocionante relato de uma intelectual venezuelana que mora no Brasil e participa da construção de redes de solidariedade para as populações vulneráveis da Venezuela e do Brasil, fragilizadas pelo avanço da ultradireita e, na atual conjuntura, absolutamente ameaçadas pela pandemia.


7. Beatriz Di Giorgi procura compreender sua própria reação e a dos demais frente a situação de pandemia, bem como as possibilidades de exercício de uma verdadeira empatia neste momento difícil e dramático.


14 x 21 cm

188 páginas


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