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O livro das epígrafes (Ariel Paulo Marques)

Ariel Paulo Krivochein Marques vinha trabalhando em parceria com a Terra Redonda, desde o início de 2020, para fechar seu aguardado "O livro das epígrafes" . Poeta, tradutor talentoso e experiente, Ariel não tinha pressa. Vivendo sozinho em Vargem Grande, interior do Rio de Janeiro, trabalhava cada página, conteúdo e desenho, com meticulosidade de relojoeiro. Em julho de 2020, enviei-lhe a primeira prova, incompleta e provisória, de seu livro. Ele mudou várias coisas e, em dezembro, já estava tudo muito adiantado. Foi quando pensamos pela primeira vez no lançamento, neste primeiro semestre de 2021.

 

No dia 2/03/2021, sua filha Naiana Marques me escreveu contando que Ariel falecera de enfarto, no dia 25/02. Este livro, concluído com a colaboração dela e de seu tio Igor Marques, é uma pequena homenagem da Terra Redonda ao grande poeta Ariel Marques, nascido em 25/04/1947, e que, portanto, estaria completando 74 anos em 25/04/2021.

 

Sergio Alli, editor da Terra Redonda

 

16 x 23 cm

104 páginas

 

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O livro das epígrafes (Ariel Paulo Marques)

SKU: 978-65-86265-38-5
R$ 40,00Preço
  • Quanto você pesa em estado de total inutilidade? Eu perguntei.
    - Levíssimo, kkk. Como sempre, aliás. Fui, sou & serei o + leve de seus amigos!
    A resposta de Ariel, em janeiro deste ano de 2021, não poderia ser mais verdadeira.
    Quando nos conhecemos, em Iquitos no Peru, em 1976, eu não tinha 18 anos e ele faria 29 em abril. Eu estava na primeira de minhas aventuras e ele já era um veterano em viagens. Hospedados em uma escola pública, onde dormíamos em salas de aula, ficamos amigos assim que comecei a ler os poemas dele em voz alta e a leveza de Ariel surgiu em todo o frescor de sua integridade carioca: rimos muito, como velhos amigos, a diferença de idade eliminada pela mútua simpatia.
    A partir de Iquitos, viajamos juntos por mais um mês, passando pelo rio Solimões, por Manaus, pelo rio Madeira, por uma fazenda em Mato Grosso e finalmente por Brasília, onde conheci o poeta e crítico Oswaldino Marques, o pai de Ariel. Chegamos a São Paulo e Ariel foi para o Rio de Janeiro.
    Depois disso, nos víamos raramente. Todas as vezes que eu ia ao Rio, a passeio ou a trabalho, procurava encontrá-lo e sempre a vida me parecia mais leve em sua companhia, como se ainda estivéssemos imersos na inconstância das viagens.

    Ariel nunca se esforçou para construir uma carreira nos meios intelectuais, apesar da graduação em Literatura Comparada nos USA, preferindo ganhar a vida vendendo joias ou aproveitando o domínio de inglês, espanhol e francês para divertir, e muito, turistas estrangeiros no Rio de Janeiro. 
    Enquanto isso, lapidava poemas antigos e recentes, sem pressa, ultimamente quase exilado em sua casa de Vargem Grande.
    Agora nos falávamos por WhatsApp, de certa forma conversas literárias, lembranças escritas, futebol, o Flamengo amado, a era Pelé, o urso do Maelström, a laje do Arpoador, o Rio de Janeiro ainda e surpreendentemente lindo, a nossa viagem, outras viagens, nossas filhas, as redes sociais, e esses poemas agora neste livro.
    Cortou-me uma tristeza funda saber da morte de Ariel poucos dias antes da publicação de sua poesia, ainda que tenha partido com a mesma discrição de sua leveza. 
    Perdi o meu amigo, mas aqui está o livro: todos ficamos de agora em diante com os seus poemas a desvendar, esses tantos outros brilhantes, cifrados,
    vivos ariéis.

    Carlos Matuck
    (grafiteiro, artista plástico e amigo de coração de Ariel Paulo Marques) 
     

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